Me desculpem

Peço desculpas a todos que acompanham este blog, e a todos que aqui vêm a procura de uma palavra de paz. Fiquei algum tempo sem postar nada, mas vou procurar pelo menos postar uma mensagem de paz todo dia. Começando pela mensagem de Natal um pouco atrasada.


Muito obrigado a todos, e que os espíritos de luz iluminem todos os seus passos


Manoel Gonçalo (DJ Dejota)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Para refletir





O ser humano vivência a si mesmo, seus pensamentos como algo separado do resto do universo - numa espécie de ilusão de ótica de sua consciência. E essa ilusão é uma espécie de prisão que nos restringe a nossos desejos pessoais, conceitos e ao afeto por pessoas mais próximas. Nossa principal tarefa é a de nos livrarmos dessa prisão, ampliando o nosso círculo de compaixão, para que ele abranja todos os seres vivos e toda a natureza em sua beleza. Ninguém conseguirá alcançar completamente esse objetivo, mas lutar pela sua realização já é por si só parte de nossa liberação e o alicerce de nossa segurança interior.

Albert Einstein

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Mensagem do Dia





A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos.

A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.

A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos...

TUDO BEM!

O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum...
é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos.

Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos.

Chico Xavier

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Reflita




Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!!!

Charles Chaplin

PACIFICA SEMPRE

"Bem-aventurados os pacificadores, porque serão
chamados filhos de Deus." - Jesus (MATEUS, 5:9)
Por muitas sejam as dores que te aflijam a alma, asserena-te na oração e pacifica os
quadros da própria luta.
Se alguém te fere, pacifica desculpando.
Se alguém te calunia, pacifica servindo.
Se alguém te menospreza, pacifica entendendo.
Se alguém te irrita, pacifica silenciando.
O perdão e o trabalho, a compreensão e a humildade são as vozes inarticuladas de tua
própria defesa.
Golpes e golpes são feridas e mais feridas.
Violência com violência somam loucura.
Não ergas o braço para bater, nem abras o verbo para humilhar.
Diante de toda perturbação, cala e espera, ajudando sempre.
O tempo sazona o fruto verde, altera a feição do charco, amolece o rochedo e cobre o
ramo fanado de novas flores.
Censura é clima de fel.
Azedume é princípio de maldição.
Onde estiveres, pacifica.
Seja qual for a ofensa, pacifica.
E perceberás, por fim, que a paz do mundo é dom de Deus, começando de ti.

sábado, 24 de julho de 2010

Livro- O Matuto




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Sinopse:
Romance Mediúnico ditado por Lucius
Um matuto que não sabia ler nem escrever, herdeiro de enorme
fortuna, parecia presa fácil para o advogado, que pensava em ludibriá-lo ,
e para o tio que, julgando-o morto, pretendia ficar com sua herança. Os
fatos, porém, surpreenderam a todos. Este romance de agradável e
proveitosa leitura, também nos faz meditar e compreender mais as lutas
da vida, encorajando— nos a manter a confiança na grande bondade e
inteligência de Deus.

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Livro- Quando A Vida Escolhe




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Conheça um pouco da autora.


Zíbia Gasparetto (Campinas, 29 de julho de 1926) é uma escritora espiritualista brasileira que se notabilizou como médium.

De ascendência italiana, casou-se, aos vinte anos de idade, com Aldo Luiz Gasparetto, com que teve quatro filhos, entre os quais o apresentador de televisão Luiz Antonio Gasparetto.

[editar] Biografia
Zíbia conta que, em 1950, já mãe de dois filhos, teria acordado certa noite com um formigamento no corpo. Em seguida, teria se levantado e passado a andar pela casa como um homem, falando em alemão, idioma que desconhecia. O marido, surpreendido e assustado, recorreu ao auxílio de uma vizinha, que, ao chegar à residência da família, teria feito uma oração capaz de restabelecer Zíbia. No dia seguinte, Aldo Luiz dirigiu-se a uma livraria, onde adquiriu O Livro dos Espíritos. Juntos, teriam começado a estudar a Doutrina Espírita.

Aldo Luiz começou a freqüentar as reuniões públicas da Federação Espírita do Estado de São Paulo, mas Zíbia não tinha como acompanhá-lo, pois não tinha com quem deixar as crianças. Semanalmente, entretanto, faziam juntos um estudo no lar, período em que a médium diz que principiou a sensação de uma dor forte no braço direito, do cotovelo até a mão, que se mexia de um lado para o outro, sem que ela pudesse controlá-lo. Aldo Luiz colocou-lhe um lápis e papel à frente. Tomando-os, Zíbia teria começado a escrever rapidamente. Ao longo de alguns anos, uma vez por semana, foi psicografando desse modo o seu primeiro romance, O Amor Venceu, assinado pela entidade denominada Lucius.[1]

Quando datilografado e pronto, a médium encaminhou o trabalho a um professor de História da USP, que, à época, dirigia um grupo de estudos na Federação Espírita. Mas só quinze dias mais tarde veio a resposta, na forma de aviso sobre a escolha da obra para ser publicada pela Editora LAKE.

Atualmente, a médium diz escrever pelo computador, quatro vezes por semana, em cada dia uma obra diferente: consciente, declara ouvir uma voz ditando-lhe as palavras do texto.

Apesar de seus livros serem tidos como espíritas, assim como a crença da autora, Zíbia faz questão de cobrar valores monetários pela venda de seus exemplares, fazendo-se assim detentora dos direitos de publicação e tornando-se remunerada pelas palavras que lhes são "ditadas", em total desacordo com a Doutrina Espírita. Cabe aqui esclarecer que a obra ou conteúdo dos livros não são questionados, de maneira alguma, mas os valores ditos espíritas devem ser corrigidos como "espiritualistas", uma vez que o espiritismo não admite que remunerações ou privilégios monetários sejam recebidos por indivíduos detentores de mediunidade desenvolvida, uma vez que qualquer manifestação mediúnica tem a origem em "afinidade de espíritos", sendo, portanto, o médium apenas o instrumento, ou mesmo agente consciente do fenômeno, mas não detentor do conhecimento explicitado

Fonte de pesquisa- Wikipedia


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Aos Pés Do Mestre





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Como mais idosa, foi-me dado o privilégio de escrever algumas palavras de introdução
a este livrinho, o primeiro escrito por um irmão mais jovem – no corpo, mas
não na alma. Os ensinamentos nele contidos lhe foram dados por seu Mestre ao prepará-
lo para a Iniciação, e foram por ele escritos de memória, lenta e laboriosamente,
pois o seu inglês no ano anterior era muito menos fluente do que hoje. É, na maior
parte, a reprodução das próprias palavras do Mestre; e o que não é reprodução verbal,
é o pensamento do Mestre vestido com as palavras do Discípulo. Duas frases omitidas
foram restabelecidas pelo Mestre. Em dois outros casos uma palavra esquecida
foi adicionada.
Afora isto, é inteiramente do próprio Alcione e a sua primeira dádiva ao mundo.
Que ela ajude tanto aos outros, quanto a ele auxiliaram os ensinamentos orais, tal é a
esperança com que nô-la dá. Porém, os ensinamentos só podem dar frutos se nós os
vivermos, como Alcione os tem vivido desde que saíram dos lábios do Mestre. Se o
exemplo for seguido tanto quanto o preceito, então abrir-se-á para o leitor, como aconteceu
ao escritor, o grande Portal, e os seus pés trilharão a Senda.


Annie Besant


AOS QUE BATEM...
Do irreal conduz-me ao Real.
Das trevas conduz-me à Luz.
Da morte conduz-me à Imortalidade

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Livro - Aos Pés do Mestre

Amor Imbativel Amor




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A EXCELÊNCIA DO AMOR

O processo de evolução do ser tem sido penoso, alongan¬do-se pelos milênios sob o impositivo da fatalidade que o con¬duzirá à perfeição.
Dos automatismos primevos nas fases iniciais da busca da sensibilidade, passou para os instintos básicos até al¬cançar a íntelígêncía e a razão, que o projetarão em patamar de maior significado , quando a sua comunicação se fará, mente a mente, adentrando -se, a partir dai; pelos campos vibratóri¬os da intuição.
Preservando numa fase a herança das anteriores, o me¬canismo de fixação das novas conquistas e superaçdo das an¬teriores, torna-se um desafio que lhe cumpre vencer.
Quanto mais largo foi o estágio no patamar anterior, mais fortes permanecem os atavismos e mais dificeis as adaptações aos valiosos recursos que passa a utilizar.
Porque o trânsito no instinto animal foi de demorada aprendizagem, na experiência humana ainda predominam aqueles fatores afligentes que a lógica, o pensamento lúcido e a razão se empenham por substituir.
Agir, evitando reagir; pensar antes de atuar; reflexionar como passo inicial para qualquer empreendimen¬to; promover a paz, ao invés de investir na violência constituem os passos decisivos para o comportamento saudável.
A herança animal, no entanto, que o acostumara a to¬mar, a impor-se, a predominar, quando mais/arte, se trans¬formou em conflito psicológico, quando no convívio social inteligente as circunstâncias não facultaram esse procedimen¬to primitivo.
Por outro lado, os fatores endógenos — hereditarieda¬de, doenças degenerativas e suas seqüelas —, assim como aqueles de natureza exógena — conflitos familiares, pres¬sões psicossociaís, religiosas, culturais, sócio-econômicas, de relacionamento interpessoal — e os traumatismos cra¬nianos, respondem pelos transtornos psicológicos e pelos distúrbios psiquiátricos que assolam a sociedade e desar¬ticulam os indivíduos.
Criado o Espírito simples, para adquirir experiências a esforço próprio, e renascendo para aprimorar-se, as realiza¬ções se transferem de uma para outra vivência, dando curso aos impositivos da evolução que, enquanto não viger o amor, se imporão através dos processos aflitivos.
Inevitavelmente, porém, momento surge, no qual há um despertamento para a emoção superior e o amor brota, a prin¬cípio como impulso conflitivo, para depois agigantar-se de forma excelente, preenchendo os espaços emocionais e libe¬rando as tendências nobres, enquanto dilui aquelas de natu¬reza inferior.
O sexo, nesse imenso painel de experiências, na condi¬ção de atavismo predominante dos instintos primários essen¬ciais, desempenha papel importante no processo da saúde psicológica e mental, não olvidando também a de natureza física.
Pela exigência reprodutora, domina os campos das ne¬cessidades do automatismo orgânico tanto quanto da emoção, tornando-se fator de desarmonia, quando descontrolado, ou precioso contributo para a sublimação, se vivencíaddo pelo amor.
Psicopatologias graves ou superficiaís têm sua origem na conduta sexual frustrante ou atormentada, insegura ou instável, em razão das atitudes anteriores que promoveram os conflitos que decorrem daquelas atitudes infelizes.
Nesse capítulo, a hereditariedade, a família, a presença da mãe castradora ou superprotetora, todos os fenômenos perimatais perturbadores são conseqüências das referidas ações morais pretéritas.
As terapias psicológicas, psicanalíticas e psiquiátricas, de acordo com cada psicopatologia, dispõem de valioso arse¬nal de recursos que, postos em prática, liberam as multidões de enfermos, gerando equilíbrio e paz.
Não obstante, a contribuição psicoterapêutica do amor é de inexcedível resultado, por direcionar-se ao Si profundo, restabelecendo o interesse do paciente pelos obgetivos saudá¬veis da vida, de que se díssocira.
O amor tem sido o grande modificador da cultura e da cívilização, embora ainda remanesçam costumes bárbaros que facultam a eclosão de tormentos emocionais complexos...
O imperador Honório, por exemplo, que governava Roma e seus domínios, era jovem, algo idiota, covarde e pusilâni¬me, conforme narra a História. No entanto, pressionado por cristãos eminentes, discípulos do Amor, fecho as escolas de gladiadores no ano de 399, onde se preparavam homicidas legais.
Quando os gados ameaçavam invadir a capital do Impé¬rio, o general Atilicho, em nome do governante e do povo, os bateu em sangrentas batalhas, expulsando-os de volta às re¬giões de origem em 403.
Ao serem celebradas essas vítórias no Coliseu — o monu¬mental edifício sólido que comportava cinqüenta mil expec¬tadores e propiciava espetáculos variados quão formidandos — estavam programadas cerimônias várias e esplendorosas como: corridas de bigas e quadrigas, desfiles, musicais, baila-dos... Por fim, em homenagem máxima ao Imperador e ao General, foram exibidas lutas de gladiadores, que se deveri¬am matar.
No auge da exaltação da massa, quando os primeiros lutadores se apresentaram na arena, um homem humilde ati¬rou-se das galerias entre eles e começou a suplicar-lhes que não se matassem...
O estupor tomou conta da multidão que, logo recupe¬rando a ferocídade, pôs-se a atirar-lhe pedras e tudo quanto as mãos alcançassem, ao tempo em que pedúim a morte do intruso, de imediato assassinado para delírio geral...
Apesar do terrível desfecho, aquele foi o último espetá¬culo dantesco do gênero, e em 404, as lutas de gladiadores foram finalmente abolidas.
O sacrifício de amor do anônimo foi responsável pela radical mudança de hábitos na época.
Ressurgiram, sem dúvida, de forma diferente, naquelas denominadas marciais, no Oriente, e de boxe, no Ocidente, porque ainda predominam os instintos primitivos, mas serão proibidas em futuro não distante, como resultado da força do amor...
Assim também as guerras, as lutas fratricidas, os con¬flitos domésticos e sociais, quando a consciência de justiça suplantar as tendências destrutivas...
... O amor vencerá!

*

Examinamos, no presente livro, várias psicopatologias e conflitos hodíernos, recorrendo a admiráveis especialistas nessa área, a quem respeitamos; no entanto, colocamos uma ponte espiritual entre as suas terapias valiosas e o amor, con¬forme a visão espírita, herdada do Psicoterapeuta galileu.
Reconhecemos que não apresentamos qualquer origina¬lidade, que ainda não haja sido proposta. Dispusemo-nos, no entanto, a contribuir com apontamentos que esperamos pos¬sam ajudar a evitar a instalação de diversos conflitos naque¬les que ainda não os registrou e auxiliar quem os padece, ofe-recendo-lhes experiências e informações, talvez ainda não ten¬tadas que, certamente, contribuirão de forma eficaz para a conquista da saúde integral.
Tranqüila, por havermos cumprido com o dever da solidariedade que deflui do amor, almejamos que os nossos lei¬tores possam recolher algo de útil e de valioso do nosso esfor¬ço de bem servir conforme aqui exposto.

Salvador, 18 de maio de 1998.
Joanna de Ãngelis

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Amor Imbativel Amor

PERDA DO SI


O ser humano é, na sua essência, um animal social, programado para viver em grupo, através do qual mais facilmente pode desenvolver os sentimentos, transformar os instintos primitivos em razão, ascen­dendo emocionalmente até atingir o patamar da in­tuição. Não obstante, a herança ancestral de exclusi­va vinculação com a espécie, mantém-no, em algu­mas faixas da experiência humana, com as reações agressivas em referência aos demais membros da so­ciedade.
Essa conduta atávica perturbadora se desenvolve como individualismo, que o isola da comunidade, em­purrando-o para a vivência de conduta estranha e alie­nada.
Outras vezes, para fugir a esse comportamento, persegue o sucesso com avidez tormentosa, nele colo­cando todas as suas aspirações.
Quando isso ocorre, e não possuindo resistências morais em desenvolvimento nem maturidade psicoló­gica, torna-se massificado pelas conquistas tecnológi­cas, pela mídia insensível, desaparecendo no volume da sociedade, confundido com todos, sem possibilida­des de iniciativa pessoal, de auto-realização, de identi­ficação dos objetivos essenciais da existência humana, ocorrendo-lhe a perda do Si.
As suas são as aspirações e os gostos gerais, por sentir-se esmagado pela propaganda que o aturde, quanto mais ele a consome.
Sem opção, porque desidentificado com o Si, o ego, atormentado e inseguro, sucumbe pela indiferença ao assumir atitudes excêntricas como necessidade de auto­afirmação.
Nessa busca, a sua definição pessoal se faz arro­gante, com peculiaridades que chamam a atenção e pro­vocam comentários. Sua indumentária, conduta, aparência e gestos mascaram a timidez e a importância emocional de que se sente vítima, numa forma de agres­são ao sistema, ao qual não se impôs, e que lhe torna a realização pessoal tormentosa.
A falta de individualidade é compensada pela ex­plosão do ego que aturde.
O indivíduo, nessa situação, tem medo da convi­vência social, e quando forma o seu grupo, é para es­conder-se e chocar a sociedade em geral.
Normalmente, trata-se de alguém enfermo. Além dos conflitos psicológicos que o assaltam, sofre de ou­tros distúrbios fisiológicos, especialmente na área do sexo, na qual somatiza as inquietações, mascarando-se para negar a dificuldade e chamar a atenção pelo exo­tismo em que mergulha.
A sociedade agita-se em torno do sucesso, em ra­zão do ilusório poder que ele proporciona e por decor­rência de raciocínios que não correspondem à realida­de, tais como: a aquisição da paz, a vitória sobre impe­dimentos e a ausência de problemas.
O êxito veste exteriormente o indivíduo, sem o modificar por dentro, nem conceder-lhe plenitude. Trata-se de um objetivo, que se pode também trans­formar em mecanismo de fuga dos conflitos, que se não tem coragem de enfrentar ou que se prefere ig­norar.
Não raro, ao conseguir-se o êxito, depara-se com o vazio interior, a desmotivação, o tédio.
São comuns os biótipos de sucesso que se apresen­tam frustrados, magoados com a vida, sucumbindo em depressão...
Aqueles que lhes invejam o luxo, a família sor­ridente, as extravagâncias, não percebem que tudo isso são exibicionismos que se distanciam da verda­de.
Alguns triunfadores, na realidade, são tímidos quando em convívio particular - astros da mídia e sucessos das finanças -, denunciando receios injusti­ficáveis, e quando descidos do pedestal da fama con­fundem-se na massa, tornando-se insignificantes.
A vida plena exige criatividade, movimentação, in­tegração vibrante e satisfatória na busca do prazer es­sencial.
Todos os esforços que movem aqueles que triunfa­ram sobre si mesmos, através das atividades a que se entregaram - artes, ciências, filosofia, religião -, anela­vam pelo encontro, a conquista do prazer e da plenitu­de.
Mas, não somente eles. Outros também que se não tornaram conhecidos e que não se massificaram, man­tendo os seus ideais e lutando por eles com estoicismo e abnegação, alimentavam o desejo de tornar a existên­cia prazerosa, compensadora, mesmo quando isso os levava ao holocausto, à perda dos haveres, do nome, da situação, preservando com serenidade a ambição de conquistar a imortalidade.
Na perda do Si - efeito da vida moderna - o indi­víduo frustra-se ficando atrás daqueles que brilham, consumindo-lhes o sucesso, ao tempo que os ajuda a vender mais, a desfrutar de mais êxito.
A sua invisibilidade sequer é percebida, mas cons­titui apoio e segurança para aqueles que se destacam.
De outra forma, a ocorrência também contribui para o aumento da criminalidade, para as condutas aberrantes.
A agressividade surge, então, quando o espaço di
minui, seja entre os animais ou entre os homens. Com­primidos, tornam-se violentos.
Impossibilitados de alcançar ou de serem alcança­dos pelas luzes do sucesso, explodem em perversida­des, em condutas criminosas, que os retiram do anoni­mato e os transformam em ídolos para os outros psico­patas que os seguirão, neles tendo os seus mitos.
Por sua vez, os seus líderes são indivíduos reais ou conceptuais que a mídia celebriza pela hediondez dis­farçada de coragem, por que são defensores da Lei e da sociedade, embora os métodos truanescos de que se utilizam ou pela habilidade de burlarem o sistema, de se tornarem justiceiros a seu modo, ou de se imporem pelo suborno, pelo medo, pelo poder que aos outros reduz ao nada.
Uma vida saudável não naufraga na perda do Si por estabelecer os seus próprios ideais, expressos em uma conduta harmônica dentro das diretrizes do soci­almente aceito e caracterizada pela autoconsciência.
O sucesso exterior não prescinde daquele interno, que decorre da perfeita assimilação dos objetivos exis­tenciais e dos interesses pessoais.
Quando se diz que outrem está realizando isso, tal não significa a verdade, mas o que dele se pensa, que ele projeta, ou no que ele crê sob o ponto de vista soci­al, material, artístico, cultural...
A auto-realização é como um processo de autocon­quista e de alo-superação, no qual se harmonizam os sentimentos, a razão e as aspirações.
Enquanto o indivíduo na massa desaparece, aque­le que é feliz se destaca, irradia poder, prazer, alegria. Pode não ter valores materiais que despertem ambições, mas são ricos de saúde moral, de paz, de equilíbrio. Os
seus olhos têm brilho, a sua face movimenta os múscu­los, a sua é a expressão da vida, da conquista interna.
Na massa, a pessoa está amorfa, patibular, morta...
A perda do Si, sem dúvida, é uma das muitas en­fermidades dos tormentos modernos.

Tirado do livro AMOR IMBATIVEL AMOR de Joana de Ângelis psicografado por Divaldo Franco, que você pode baixar aqui no blog, na seção Livros